segunda-feira, 23 de maio de 2011

Continuação...

Oi povo bonito (e os feitos tambem) percebi que as vezes seria legal dar continuidade à história, portanto tentarei escrever textos seguindo uma ordem cronológica racional. Se o texto postado estiver fora dessa ordem, eu aviso =D boa leitura








-Mas afinal, o que diabos você está fazendo aqui?! – perguntou Lys, atônita.
-Acho que nós duas sabemos que a pergunta certa é o que você está fazendo aqui – respondeu a bela moça.
Lys não fazia idéia do que tinha acontecido. Depois de ser salva, sua audição retornara, mas faltava algo, não se lembrava.
-Não sei, só me lembro... – e teve um súbito reaver da memória. Reviu seu homem, a cama, a loira. Pôs-se a chorar.
-Pelo jeito sabemos sim o que você fazia. Mais precisamente, por que o fazia? – esta sempre com sua voz, igualmente delicada e firme – Realmente acha que ele vale tanto assim?
-Eu o amei como jamais amei alguém, você não entenderia.
-Ha! – riu – Minha cara, se há algo que eu entenderia é a relação entre uma você e um homem, principalmente por conhecer você, por ter estado neste mesmo lugar (magnífico ele, não?) e tentado voar, exatamente da mesma maneira que você tentou. A diferença é que não havia ninguém para me puxar e eu simplesmente caí nas águas. Depois disso, meu instinto de sobrevivência falou mais alto.


E então por um longo período, à escala de horas, o silêncio pairou no topo da torre, a não ser pelos grasnares dos corvos. Finalmente:
-Bom, de qualquer forma, vou-me indo. Ainda tens muito que aprender, minha querida.
-E pare de me chamar de “minha querida”, nem ao menos conheço você.
-Apareça no The Docks amanhã, ou melhor dizendo, hoje, as sete da tarde. Então, e só então, você me conhecerá. Assim finalmente poderei chamá-la de minha querida.
-E quem disse que eu irei?
-Ah, você irá, minha querida, você irá – e retirou-se.
Lys só pôde ouvir as leves passadas da moça, descendo as escadas, até finalmente desaparecerem. Neste mesmo momento, olhou para leste. Uma brisa quente soprava em sua direção, enquanto os raios do Sol acariciavam seu rosto. Sentiu como se aquele calor fosse a vida. A vida que havia caído, quando seu corpo foi segurado. A vida que o rio tirara e que o Sol devolvia. Suspirou, e tentou lembrar-se de tudo que acontecera – será que foi real? – e de cada detalhe da fisionomia da adorável moça de cabelos escuros. Suspirou uma última vez, como quem toma o último gole da última taça de vinho no mundo. Ficou então pensando no que fazer o resto do dia, até as sete da tarde.

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